Setembro Amarelo 2025: conversar pode mudar vidas

O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado em 10 de setembro, convida o mundo inteiro a refletir sobre a importância do cuidado com a saúde mental. No Brasil, o movimento Setembro Amarelo ganhou força a partir de 2015, fruto da iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV) em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria. Desde então, a campanha transformou-se em um símbolo de conscientização, quebrando o silêncio em torno de um assunto cercado de estigmas.
Em 2025, o tema escolhido “Conversar pode mudar vidas”, destaca a importância de uma escuta atenta e de um diálogo aberto. Falar sobre sentimentos, oferecer apoio e compartilhar informações corretas são atitudes simples, mas capazes de fazer diferença real.
Para a Belt Nutrition e a Wellife, esse também é um chamado: fortalecer a conversa sobre saúde mental e acolher pessoas em diferentes momentos da vida.
Por que falar sobre saúde mental o ano todo
No Brasil aproximadamente 17% das pessoas já pensaram seriamente em suicídio e 4,8% chegaram a elaborar um plano (dados da campanha oficial Setembro Amarelo). Todos os dias, 42 brasileiros morrem por suicídio. Esses números impressionam, mas também mostram algo essencial: estima-se que nove em cada dez casos poderiam ser evitados com apoio adequado e acesso a cuidados em saúde.
Abrir espaço para conversar sobre sentimentos ajuda a derrubar estigmas e estimula quem sofre a buscar ajuda. O suicídio é um fenômeno complexo, multifatorial e frequentemente associado a transtornos mentais, uso de substâncias, sofrimento social ou traumas.
CVV — Centro de Valorização da Vida
Uma das principais portas de entrada para quem precisa desabafar ou está em crise é o Centro de Valorização da Vida (CVV). Com uma rede de cerca de 3.500 voluntários, distribuídos em cerca de 100 postos pelo país, o CVV realiza mais de três milhões de atendimentos por ano. O serviço é gratuito, sigiloso e funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Basta ligar para o 188, um número de abrangência nacional.
Quem preferir pode conversar por chat ou e-mail. Os links estão disponíveis no site oficial. Acesse aqui.
Em todas as modalidades, a escuta é feita por voluntários capacitados que oferecem acolhimento e compreensão sem julgamentos.
Se você ou alguém que conhece estiver enfrentando um momento difícil, não hesite em buscar essa ajuda. Falar sobre o que estamos sentindo é um ato de coragem e existem pessoas preparadas para ajudar.
Transtornos alimentares e saúde mental
Quando falamos em saúde mental, não podemos deixar de lado os transtornos alimentares. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 70 milhões de pessoas no mundo convivam com algum desses quadros.
Entre eles estão a anorexia, a bulimia, o transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP) e a ortorexia. São doenças sérias, associadas a algumas das maiores taxas de mortalidade entre os transtornos mentais.
Os impactos vão além do corpo. Além das complicações físicas, como desnutrição, problemas cardíacos e metabólicos, esses transtornos estão fortemente ligados à saúde mental. Segundo a OMS:
- Início precoce: a anorexia nervosa e a bulimia nervosa costumam surgir na adolescência ou no início da idade adulta.
- Padrões de comportamento: envolvem hábitos alimentares inadequados e uma preocupação constante com peso e forma corporal, atingindo meninas com mais frequência do que meninos.
- Associação com outros transtornos: frequentemente coexistem com depressão, ansiedade e uso de substâncias.
- Prevalência em jovens: afetam cerca de 0,1% dos adolescentes de 10 a 14 anos e 0,4% dos de 15 a 19 anos.
- Risco elevado: a anorexia nervosa apresenta a maior taxa de mortalidade entre todos os transtornos mentais, seja por complicações médicas, seja pelo risco de suicídio.
Principais transtornos alimentares
- Anorexia: restrição alimentar intensa, peso muito abaixo do saudável e distorção da autoimagem.
- Bulimia: episódios de compulsão seguidos de comportamentos compensatórios, como vômitos provocados ou uso de laxantes.
- Transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP): ingestão exagerada de alimentos sem compensações, geralmente acompanhada de culpa e vergonha.
- Ortorexia: obsessão por uma alimentação considerada “perfeita”, que compromete a vida social e até a saúde.
Fatores envolvidos
- Genéticos e biológicos.
- Psicológicos e familiares.
- Pressões estéticas e padrões irreais de beleza reforçados por mídias e redes sociais.
- Dietas restritivas e modismos que funcionam como gatilhos.
Muitas vezes, a autocrítica é tão severa que a pessoa não consegue perceber o quanto está doente. E, em diversos casos, nem admite precisar de ajuda. Por isso, o apoio da família, de amigos e de profissionais é fundamental. Quanto mais cedo esse suporte chega, maiores as chances de interromper o ciclo de adoecimento e reduzir riscos graves.
Comportamentos e sinais de alerta
Os transtornos alimentares, em geral, não aparecem de forma repentina. Eles costumam se manifestar em pequenos sinais que, com o tempo, vão se tornando mais evidentes.
Mudanças físicas e comportamentais mais comuns
- Alterações de humor e irritabilidade frequente.
- Isolamento social e recusa em participar de refeições em grupo.
- Cansaço constante, tontura e queda de cabelo.
- Oscilações de temperatura corporal (sensação de muito frio ou muito calor).
- Preocupação exagerada com calorias, dietas e balança.
- Esconder comida ou provocar vômitos após as refeições.
Questões emocionais associadas
- Sentimento de culpa ou vergonha após comer.
- Dificuldade em aceitar a própria imagem no espelho.
- Ansiedade e sintomas depressivos.
- Uso de substâncias (como laxantes, diuréticos ou até drogas ilícitas) como forma de compensação.
Buscando tratamento e construindo redes de apoio
A recuperação de um transtorno alimentar é um processo que exige tempo, acolhimento e acompanhamento especializado. O tratamento costuma envolver diferentes áreas da saúde, e principalmente do suporte da família e de amigos próximos.
Abordagens recomendadas no tratamento
- Psicologia e psiquiatria: ajudam a organizar pensamentos e comportamentos, por exemplo, por meio da terapia cognitivo-comportamental.
- Nutrição: orientação para retomar uma relação equilibrada com os alimentos e corrigir deficiências nutricionais (lembrando que apenas nutricionistas podem prescrever dietas).
- Família: participação ativa para oferecer suporte diário, reduzir o isolamento e reforçar hábitos saudáveis.
Serviços de saúde disponíveis no Brasil
- CAPS (Centros de Atenção Psicossocial): atendimento multiprofissional para casos complexos.
- SUS (Sistema Único de Saúde): consultas e acompanhamento em diferentes níveis de atenção.
- Lei 13.819/2019: determina a manutenção de serviços gratuitos e sigilosos para pessoas em sofrimento psíquico, reforçando a importância de redes como o CVV.
Buscar ajuda profissional cedo faz diferença. Quem aceita apoio se torna menos vulnerável às consequências graves dos transtornos alimentares, incluindo o risco aumentado de suicídio.
Leia mais sobre campanhas em prol da saúde mental, emocional e bem-estar, aqui.
O compromisso da Wellife
Nosso propósito é oferecer caminhos de bem-estar que ajudem as pessoas a lidarem melhor com o estresse do dia a dia, a ansiedade e os desafios emocionais que fazem parte da vida.
Trabalhamos com a aromaterapia de forma responsável, reconhecendo que óleos essenciais podem ser aliados no relaxamento, na qualidade do sono e na criação de momentos de autocuidado. Eles não substituem acompanhamento médico ou psicológico, mas podem contribuir para uma rotina mais equilibrada e consciente.
Nosso compromisso é estimular práticas de autocuidado acessíveis e seguras, que aproximem as pessoas de si mesmas e fortaleçam a saúde mental. Isso inclui promover informação de qualidade, incentivar ambientes acolhedores e apoiar campanhas de prevenção, como o Setembro Amarelo.
Acreditamos que pequenas atitudes podem abrir espaço para mudanças significativas. Quando o lema de 2025 nos lembra que “conversar pode mudar vidas”, reforçamos nossa missão: estar ao lado das pessoas, oferecendo ferramentas que somam cuidado, acolhimento e respeito.
Compromisso contínuo com o Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo é um convite permanente à empatia. Em 2025, o lema “Conversar pode mudar vidas” nos lembra que abrir espaço para o diálogo pode transformar a forma como alguém enxerga sua dor.
Escutar com atenção, oferecer apoio e falar sem medo são atitudes que cabem em qualquer lugar: no trabalho, na escola, nas rodas de amigos e dentro de casa. Para a Belt Nutrition e a Wellife, esse compromisso se traduz em cuidar de pessoas de forma integral, incentivando hábitos saudáveis e valorizando a saúde mental como parte inseparável do bem-estar.
Ninguém precisa enfrentar o sofrimento sozinho. Se você atravessa um momento difícil, peça ajuda. Falar é coragem e pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.
Referências
World Health Organization. Mental health of adolescents [Internet]. Geneva (CH): WHO; 2025 Sep 1 [citado 2025 Sep 9]. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/adolescent-mental-health
Centro de Valorização da Vida; Associação Brasileira de Psiquiatria. Setembro Amarelo – Mês de Prevenção ao Suicídio [Internet]. Brasil: CVV/ABP; s.d. [citado 2025 Sep 9]. Disponível em: https://setembroamarelo.org.br/
Centro de Valorização da Vida. CVV – Centro de Valorização da Vida [Internet]. Brasil: CVV; s.d. [citado 2025 Sep 9]. Disponível em: https://cvv.org.br/
Associação Brasileira de Psiquiatria. ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria [Internet]. Brasil: ABP; s.d. [citado 2025 Sep 9]. Disponível em: https://www.abp.org.br/
Ministério da Saúde (BR). Quebre o preconceito e apoie as famílias – 2 de junho: Dia Mundial de Ação contra os Transtornos Alimentares 2025 [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2025 Jun 2 [citado 2025 Sep 9]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/quebre-o-preconceito-e-apoie-as-familias-02-6-dia-mundial-de-acao-contra-os-transtornos-alimentares-2025/
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